O MPE (Ministério Público
Estadual) instaurou inquérito civil para investigar a suposta cobrança de
"ar encanado" pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo). As queixas de aumento no valor da conta de água, apesar da
diminuição do consumo, vieram à tona após a empresa intensificar a redução da
pressão na rede, no início de 2014, para enfrentar a crise hídrica. O promotor
de Justiça do Consumidor Gilberto Nonaka deu prazo de 15 dias para que a Sabesp
explique as distorções nas tarifas de clientes que sofreram cortes no
abastecimento, mas tiveram as tarifas elevadas. O objetivo é descobrir se a
companhia está cobrando pelo ar que chega ao hidrômetro antes de o fornecimento
ser restabelecido como se fosse água potável. A passagem de ar pelo equipamento
pode alterar a medição de consumo de água. — É o que ocorre atualmente, com a
escassez da água potável a ser fornecida pela investigada e com a implementação
de verdadeiro rodízio, em que a redução da vazão e o corte do fornecimento são
intercalados diariamente. Isso conduz o consumidor a não conseguir atingir a
meta de redução proposta pela investigada — afirma Nonaka.
(R7)