A ex-presidenciável Marina
Silva disse nesta segunda-feira (26) que o racionamento de água em São Paulo
deveria ter sido iniciado no ano passado, mas foi adiado por interesses
eleitorais. Sem citar o nome do governador Geraldo Alckmin, ela sugeriu que o
tucano retardou a medida para não pôr em risco a sua reeleição. "Teria que
ter sido feito o racionamento antes. Mas não podia fazer porque era período
eleitoral. Às vezes o estadista paga um preço para poder fazer as coisas de
forma correta", criticou Marina. A ex-senadora ainda está filiada ao PSB
do vice-governador Márcio França, aliado de Alckmin. Ela e o tucano apareceram
juntos no material de campanha do partido. Em sua primeira aparição pública em
45 dias, no Rio, Marina também fez críticas indiretas à presidente Dilma
Rousseff. Ela sugeriu que a petista omitiu a gravidade da crise na campanha. "Não
se pode fazer um discurso para ganhar e um discurso para governar. Precisa ter
coerência", afirmou. "Nós vivemos uma crise econômica gravíssima que
precisa ser enfrentada com medidas que não são o mundo cor de rosa do marketing
eleitoral. A população tinha o direito de saber dos graves problemas da
economia."
(IG)