Os casos de resistência seguida de morte envolvendo homens das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) aumentaram no primeiro semestre deste ano na capital e Grande São Paulo. Dados da Ouvidoria da Polícia mostram que foram 40 ocorrências até junho deste ano, contra 36 em igual período de 2010. Em 2009 foram 21. Considerando todas as unidades da Polícia Militar, o número de casos caiu. Com isso, porcentualmente, a participação dos homens da Rota nas mortes em confronto subiu de 16,9% do total de casos em 2010 para 21,1% este ano. Em 2009 era de 10,4%.
Para o ouvidor Luiz Gonzaga Dantas, que considera o número preocupante, a Rota precisa adotar um caráter mais civil e respeitar os direitos humanos. Gonzaga diz que está trabalhando para trazer transparência para as ocorrências de resistência.
Segundo ele, informações que chegam para a Ouvidoria nem sempre indicam confronto. Por essa razão, ele defende que, em vez de "resistência", os boletins de ocorrência registrem as mortes como homicídio. Se for comprovado que não houve excesso, é possível pedir arquivamento do processo.
O ouvidor também defende que o socorro do suspeito seja feito pelo Samu e não pela equipe envolvida. "Isso fará o Estado ter mais transparência e os policiais serão ouvidos no local da ocorrência", explica. Outro fator, segundo ele, é que isso evitaria que os policiais façam as chamadas "voltinhas" com o baleado até a chegada ao hospital, como relatam algumas testemunhas de casos.
(Fonte: Estadão)
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