Para
muita gente, final e começo de ano são tempo para exercitar o desapego. Há quem
faça uma faxina em casa na esperança de uma limpeza na alma, desapegar-se do
que não é mais útil, mas que pode ser para outra pessoa. O apego é aceitável
quando há, de fato, o valor simbólico relevante. O limite é o exagero, e deve
ser observado com cautela em todas as fases da vida. O psiquiatra Guayracá
Lavôr explica que o apego pode ser considerado exagerado quando a pessoa não
consegue se desligar ou se desprender de bens materiais, e isso geralmente
ocorre principalmente com pessoas que tiveram uma vida difícil e árdua para
obter seus bens. No dicionário, apego significa sentimento de afeição, de
simpatia por alguém ou alguma coisa. Existem pessoas acumuladoras, onde tudo
parece ser importante e útil. Segundo o psiquiatra, os pais devem ficar atentos
ao comportamento dos filhos, principalmente quando a criança não permite que os
coleguinhas toquem em seus brinquedos. É muito tênue a linha entre o apego e o
acúmulo desnecessário, explica o especialista. O importante é ficar atento aos
sinais e diferenciar o que merece ser guardado daquilo pode ser descartado ou
doado.
(Tribuna do Ceará)