Não permitiremos que biografias honradas, como a do senador eleito
de Minas Gerais, se confundam com a daqueles que vêm assaltando os cofres
públicos no país", disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em nota
divulgada nesta sexta-feira. Ele se refere à acusação, feita por um
colaborador do doleiro Alberto Youssef, de que teria pago R$ 1 milhão ao
ex-governador e senador eleito Antonio Anastasia (leia aqui a acusação e aqui a defesa de Anastasia). Neste
novo capítulo da Operação Lava Jato, o PSDB adota uma linha de ação
diametralmente oposta à que foi tomada quando outros senadores, como Gleisi
Hoffmann (PT-PR) e Humberto Costa (PT-PE), foram citados no caso. O
deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), por exemplo, incluiu o nome de ambos em seu
relatório paralelo sobre a CPI da Petrobras. O líder do partido na Câmara,
Antonio Imbassahy (PSDB-BA), também bateu duro, quando surgiu o nome de Gleisi.
"É um fato grave, porque ela exerceu um cargo importante. A função era da
mais íntima relação e confiança, na antessala da presidente da República. O que
ela está dizendo não é suficiente para isentá-la. Estamos pensando, vamos
discutir na segunda-feira com mais líderes de oposição, convocá-la para que
deponha na CPI", disse ele. Aécio também tentou utilizar a notória
capa de Veja – a do "eles sabiam de tudo", que se referia à
presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula – na reta final da campanha
presidencial. Centenas de milhares da capa chegaram a ser rodados e
distribuídos como panfleto político. No entanto, em relação a Anastasia,
a delação do colaborador de Youssef, para o PSDB, não tem mais validade.
(Brasil247)