A governadora de Roraima, Suely Campos (PP),
nomeou um total de 19 parentes — entre eles filhas, irmãos e sobrinhos — para
ocupar cargos nas secretarias estaduais. Juntos, eles receberão salários que
somam cerca de R$ 398 mil. A informação foi divulgada nesta quarta-feira no
Diário Oficial da Assembleia e não agradou nem o vice-governador, Paulo César
Quartiero (DEM), nem o Ministério Público estadual, que vai analisar o caso. Por meio de nota, a
assessoria do governo destacou que o subsídio dos secretários estaduais e
secretários adjuntos foi concedido através de decreto legislativo promulgado
pela Mesa Diretora da Assembleia no dia 28 de dezembro, ainda na gestão do
ex-governador Chico Rodrigues (PSB). “Informamos ainda que a escolha do
primeiro escalão seguiu critérios de confiança, capacidade técnica e disposição
para reconstruir Roraima. Todos os atos de nomeação seguiram critérios de
legalidade”, pontuou o gabinete. De acordo com as nomeações publicadas no
Diário Oficial de Roraima, as irmãs Emília Santos e Danielle Araújo, filhas de
Suely Campos, deverão receber juntas R$ 46 mil por mês para chefiar a
Secretaria Estadual de Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) e a Casa Civil,
respectivamente. O governo de Roraima também vai desembolsar R$ 39 mil para
pagar os salários dos tios delas: Selma Mulinari, titular da Secretaria
Estadual de Educação (Seed), e João Paulo de Souza e Silva, adjunto da
Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Os dois
são irmãos de Suely. Cinco sobrinhos de Neudo Campos, ex-governador e marido da
governadora, também ganharam cargos no primeiro escalão. São eles: Júlia Vieira
Campos, que assumiu a reitoria da Universidade Virtual de Roraima, e Anderson
Campos, adjunto da Secretaria de Infraestrutura (Seinf). Kalil, Paulo e
Frederico Linhares, titular e adjunto da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau),
e secretário de estado da Gestão Estratégica e Administração, respectivamente,
também foram nomeados no último dia 2. Eles terão juntos remuneração de quase
R$ 100 mil.
(O Globo)