A exigência do ABS chegou às motocicletas. Publicada hoje, a resolução
509 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) torna obrigatório o sistema
antitravamento de freios em motocicletas, motonetas, triciclos e quadriciclos
novos a partir de 2016. O documento dá a opção do fabricante instalar este ou o
CBS, sistema combinado de freios. A aplicação de um dos equipamentos será de
forma gradativa. Pela resolução, no primeiro ano de vigência da norma, por
marca, 10% das motocicletas novas produzidas e vendidas no país terão de ter
ABS ou CBS. No ano seguinte esta exigência passará para 30% e para 60%, em
2018. A partir do dia 1º de janeiro de 2019, todos os modelos terão de sair com
um dos dois itens. Os dois dispositivos são comuns em marcas de luxo (como
Harley-Davidson, Ducati e Triumph) e em modelos de alta cilindrada. Mas as
motos mais baratas geralmente não têm estes itens de segurança — ou são
oferecidos como opcionais. Pela medida, as motos abaixo de 300cm³
obrigatoriamente terão que ter o CBS de fábrica e oferecer o ABS como opcional.
Acima dos 300cm³ será obrigatório o ABS. O ABS, sigla em inglês para Anti-lock
Braking System (sistema antitravamento de freios), evita que as rodas travem em
uma freada brusca. Desta forma, o condutor tem mais controle sobre o carro ou a
moto e tem mais condições de manter o veículo na trajetória. O ABS se tornou
obrigatório em todos os automóveis vendidos no Brasil em janeiro deste ano,
juntamente com o airbag duplo frontal. Já o Combined Braking System (algo como
sistema de freios combinados), o CBS, reparte a força da frenagem entre as
rodas da frente e de trás. A Abraciclo, entidade que representa os fabricantes
do setor, aprovou a resolução do Contran, mas não comentou sobre aumento de
custos ou no preço dos modelos. Segundo o diretor executivo da associação, José
Eduardo Gonçalves, a medida é “uma conquista para o segmento de duas rodas”.
(O Globo)