Quando, por quanto tempo e de que
forma os pais valorizam a educação de seu filho em todas as suas vertentes?
Qual o vínculo mantido na relação com o filho, a forma e estratégia de
comunicação em casa ou em relação à escola e ao retorno sobre o que se aprende
ou não em sala de aula? Um estudo que partiu de pesquisa qualitativa de
observação da relação entre pais e filhos em casa e na escola tentou desvendar
e discutir essas questões. O ponto que mais chama a atenção é universo
majoritário de pais omissos em relação aos estudos do filho, nem valorizam e
nem mantêm vínculos com os pequenos em casa. O grave da questão é que o estudo,
realizado pelo Instituto Paulo Montenegro e Ibope Inteligência, confirma o
imenso abismo no processo de alfabetização e formação de cidadãos, além de
escancarar o distanciamento das relações afetivas dentro de casa. Ambas as
deficiências – de não valorização dos processos educacionais e de ausência de
vínculos familiares – “fortalecem” as feridas comportamentais e de constituição
de valores, princípios, que vão cedo ou tarde diluir ainda mais as fragilidades
intrafamiliares e de convivência exercidas na rua, no convívio social.
(JCnet)