A falta de chuva e o ar seco na Grande São Paulo nos últimos
dias contribuiu para que a cidade registrasse o pior nível de qualidade do ar
desde 2007, segundo levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo
dados oficiais do Governo de São Paulo, porém, a poluição na região é a pior
apenas dos últimos três anos. Segundo o jornal, até outubro, nas 23 estações
medidoras, o poluente “poeira fina” (que afeta narinas, garganta e pulmão) fez
1.325 ultrapassagens nos limites considerados saudáveis pela Organização
Mundial da Saúde. O levantamento do jornal que aponta o recorde desde 2007 foi
feito com base em dados da Cetesb e considera como nota de corte o padrão mais
rígido para o poluente, previsto na legislação estadual, mas ainda não
implementado. Segundo a lei, quatro limites devem ser atingidos ao pouco.
Oficialmente, esse degrau mais alto na escala não é usado pelo governo, uma vez
que a legislação o menciona como meta a ser atingida, mas sem data definida
para isso, o que gera crítica de especialistas, já que, na prática, os dados
anunciados pela Cetesb indicam situação menos grave.
(Terra)