Segundo o primeiro artigo do decreto presidencial
5.904, deficientes visuais acompanhados de cães-guia “têm o direito de
ingressar e permanecer com o animal em todos os locais públicos ou privados de
uso coletivo”. Apesar disso, pessoas que necessitam do auxílio canino
ainda enfrentam problemas, como aconteceu com o analista de sistemas Gabriel
Vicalvi, de 29 anos, na noite da última terça-feira (11). Ao ir com a
namorada e um grupo de amigos em uma lanchonete Charles Dog, na zona Norte de
São Paulo, Vicalvi, que nasceu sem a visão, foi aconselhado por um funcionário
a deixar sua cadela Júlia, uma golden retriever de cinco anos, “esperando no
carro”, já que ele “estava acompanhado de outras pessoas”. Gabriel ficou
indignado com o comportamento do atendente, que no início se dirigiu apenas à
sua namorada. Após uma discussão, durante a qual o analista de sistemas citou a
lei que permite a permanência de cães-guia em qualquer local, o funcionário
disse - de má vontade, segundo o deficiente visual – que a cachorra poderia
ficar.
(Band)