As
crianças brasileiras morrem mais no trânsito do que de doenças ou afogamentos,
segundo dados de uma pesquisa apresentada no II Congresso Internacional Sabará
de Especialidades Pediátrica. O estudo mostra que 22 crianças, entre 5 e 14
anos, em cada 100 mil morrem no País por acidentes envolvendo
automóveis. Os números são altos quando comparados a lugares como Reino
Unido e Suécia, onde o índice é de 3 crianças para 100 mil. A pesquisa também
revelou que, se um veículo atinge um pedestre a 40 km/h, existe a probabilidade
de 25% das pessoas atingidas morrerem. Já se alguém é atingido em uma
velocidade de 80km/h, a probabilidade de ocorrer uma morte chega a quase 100%. Além
dos óbitos, esse tipo de ocorrência deixa muitas crianças com sequelas. Segundo
o ortopedista e diretor da Sociedade Brasileira de Ortopedia, Miguel Akkari, as
estatísticas falham quando não incluem quem sofre traumas com os acidentes. “Ao
considerar causadas por acidente de trânsito somente aquelas mortes que
acontecem até 24 horas depois do ocidente, as estatísticas falham, pois acabam
não mostrando que para cada morte existem várias pessoas que ficam com
sequelas”.
(IG)