O número
de linhas ativas de telefonia fixa caiu mais uma vez no Brasil em novembro do
ano passado. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou 43,83
milhões de linhas no penúltimo mês de 2015, o que representa uma queda de 2,6%
em relação ao início do ano. Na comparação com outubro, a queda é de 0,48%. Segundo
a Anatel, em novembro a densidade do serviço estava em 21,38 linhas para cada
grupo de 100 habitantes. Já a teledensidade da telefonia celular no Brasil é de
131,5 linhas móveis para cada grupo de 100 pessoas – ou seja mais de uma linha
por habitante. Assim como na telefonia celular, o Distrito Federal é a unidade
da federação onde há mais linhas de telefones fixos ativas por habitante, com
33,79 linhas para cada 100 pessoas. O menor índice está no Maranhão, onde
existem 5,1 linhas por 100 habitantes. Na telefonia fixa, as empresas
concessionárias ainda detêm a maioria das linhas no país – 58,43%. As empresas
autorizadas a prestar o serviço tem 41,57%. As concessionárias são empresas que
atuam em regime público em suas áreas de concessão, têm as tarifas
regulamentadas pela Anatel e devem seguir as obrigações de continuidade e de
universalização. Já as autorizadas atuam sob regime privado, com liberdade de
preços. Para especialistas, a crise econômica pode ser uma explicação para a
queda no número de linhas de telefonia fixa nos últimos meses, assim como vem
ocorrendo na telefonia móvel. Em entrevista recente à Agência Brasil, o
presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, disse que o país já vinha
registrando uma migração dos usuários das empresas concessionárias de telefonia
fixa para as autorizadas. “Mas o número total se mantinha estável, com um
pequeno crescimento, e este ano estamos vendo uma queda. Acredito também que
seja devido à crise econômica”, avalia.
(Brasil247)