Os
maiores ataques ao governo petista são relacionados ao intervencionismo do
Estado na economia de mercado. Acusações chegaram até na Copa do Mundo, quando
um ministro de Estado falava em intervenção no esporte para corrigir a aparente
falência de todos os clubes de futebol e a falta de apoio da iniciativa privada
nas atividades olímpicas. Em compensação, as eleições de São Paulo - um dos
estados mais ricos do país - estão sendo palco para concorrentes como o
presidente da Federação das Indústrias. Uma incoerência. Enquanto o Estado
não pode intervir na economia, pois sofre acusações feitas pelo segmento
empresarial brasileiro, este senhor, presidente da federação mais rica do país,
que reúne todo o empresariado da indústria brasileira, disputa o governo do
estado de São Paulo. Será que o segmento empresarial, quando critica o governo,
na verdade quer evitar que o Estado atue em defesa do povo no que se refere às
indústrias? Os empresários não querem que o Estado entre no segmento
deles, mas querem entrar no segmento do Estado.
(Jornal do Brasil)