Nesta
semana, o blogueiro Jeferson Monteiro, criador do perfil fake no Facebook "Dilma
Bolada", que conta com mais de 1 milhão de curtidas - enquanto o
oficial tem pouco mais de 500 mil - denunciou que uma agência de publicidade
teria tentado comprar a página para torná-la favorável ao PSDB de Aécio Neves,
e não mais à presidente Dilma Rousseff. O caso ganhou incrível repercussão
e reacendeu a discussão sobre a importância das redes sociais como ferramenta
política e diferencial para as eleições. "Está se formando um mercado de
identidades virtuais por meio de blogs e páginas nas redes
sociais. Sabemos que há centenas deles, com diferentes níveis de acesso,
mas que ainda não estão precificados, não tem um valor de mercado. Quando
tiver início uma formalização deste processo, terão preço. Essa questão com o
perfil da 'Dilma Bolada' começou a marcar um valor, exatamente porque a
imagem que o criador formou atrai as pessoas e potencializa a informação,
no sentido do emissor pro receptor", defende o cientista político e
professor da Unicamp Valeriano Costa. O
especialista afirma que o processo tende a se expandir. "É um novo mundo
se abrindo, tem uma importância crescente. A internet multiplicou e
difundiu a figura de identidade. As páginas têm um número gigantesco de
acessos e o Brasil é um dos países com mais acessos dessas páginas no mundo. Se
isso não for decisivo nas eleições deste ano, nas próximas pode ser ainda
mais relevante", aponta. "Não é à toa que os meios de comunicação
tradicionais estão sendo pressionados e os jornalistas criando sites. Não
se sabe até onde vai esse movimento, mas é claramente marcante",
completa.
(JBonline)
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