As redes sociais estão sendo usadas maciçamente para divulgar e
conseguir o maior número de participantes para a manifestação que pedem
o impeachment da presidente Dilma Rousseff, neste domingo (15). E em meio
às informações contrárias ao governo, boatos, teorias de conspiração e
informações falsas são usadas para tentar convencer as pessoas a
irem no protesto. Dois áudios que circulam por meio do
aplicativo para celular WhatsApp contêm boatos conspiratórios de guerra civil e
confisco da poupança. Outra mensagem fala sobre um boato de guerra
civil. Também na voz de uma mulher, começa contanto sobre uma amiga que um
suposto “tio
dela é tenente do Exército, ele trabalha na parte administrativa, ele é do
serviço de inteligência do Exército". Então, ela afirma que o "tio da
amiga" teria alertado para que as pessoas estocassem comida em casa,
pois as Forças Armadas teriam descoberto guerrilheiros "com mais de
20 mil armas na Amazônia" e estariam prevendo uma guerra civil.
Nas comunidades que pedem o impeachment de Dilma Rousseff, informações
infundadas também são divulgadas para atrair apoio. Como por exemplo,
encontramos uma imagem diz que, caso a presidente saia do poder por suposta
irregularidade, o segundo colocado da última eleição presidencial deve assumir.
Mas, segundo a Constituição brasileira, caso o presidente sofra impeachment, o
vice-presidente deve assumir o cargo. Outros vídeos e textos que
circulam nas redes sociais dizem que o governo alterou ou quer alterar a
idade de aposentadoria, hoje de 65 anos para homens e 60 para mulheres, para,
respectivamente, 95 e 85 anos. O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas,
já se disse favorável ao fim do fator previdenciário. Pela fórmula defendida por
ele, para se aposentar, o trabalhador teria de somar a própria idade com o
tempo de serviço e alcançar 95 anos para homens e 85 para mulheres.
(Terra)