Foi numa estrada da Luisiana, Estados Unidos, que os dias de crime de Clyde Barrow e Bonnie Parker chegaram ao fim. Em 23 de maio de 1934, o casal foi emboscado e morto por policiais. Com uma ficha policial que incluía dezenas de assaltos a banco, roubos, sequestros e assassinatos, Clyde e Bonnie se tornaram o casal inimigo público número um da América. As vezes agiam sozinhos, ou como parte da Sangrenta Gangue Barrow, bando do qual o irmão mais velho de Clyde, Buck Barrow era líder. Durante a depressão econômica iniciada em 1929, os bandidos aterrorizam as regiões centrais do país. Com ações que envolviam pesados tiroteios e fugas espetaculares, ganharam fama nos jornais. Cada novo ato criminoso narrado pela imprensa fazia crescer no público o medo e o fascínio pelo casal. Naquele período, as violações cometidas pelos gângsteres eram febre no noticiário americano. Em 1934, chegavam ao Brasil as notícias sobre a crescente criminalidade nos Estados Unidos. A fama. A história de amor e crime de Bonnie e Clyde já foi retratada no cinema, no teatro, na TV, em livros e músicas. Os personagens foram usados em várias publicidades, de bebidas a roupas infantis, e serviram de inspiração para a indústria da moda. Em 1997, a camisa que Clyde usava quando foi surpreendido e morto pela polícia foi arrematada por US$ 85 mil, num leilão que negociava as relíquias do casal. Mas foi mesmo o cinema o maior responsável por imortalizar e dar fama internacional ao casal de outsiders . O filme de Arthur Penn, Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas, chegou às telas em 1967. Warren Beatty e Faye Dunaway - interpretaram a dupla. Gene Hackman, que também participou do filme, interpretou Buck, irmão de Clyde. O filme recebeu 7 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Direção, Melhor Ator e Melhor Atriz.
(Estadão)
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