Os bailes funk invadiram as ruas da periferia de São Paulo. E o que deveria ser diversão virou caso de polícia. Os pancadões, como são chamados os bailes a céu aberto, são território livre para o consumo de álcool, drogas, além de sexo e violência. Tudo isso na presença de menores de idade. A polícia caça traficantes e outros criminosos que se misturam à multidão nos bailes funks.
O nome pancada vem das batidas do som, que é sempre altíssimo. Para isso, autofalantes enormes são colocados nos bagageiros dos carros. Muitas letras falam de objetos caros e de grife , de violência e provocações à polícia. O funk surgiu nos Estados Unidos, como o som da periferia. Desembarcou no Rio de Janeiro no final dos anos 80, conquistou os morros e, mais tarde, as classes média e alta.
Se no Rio de Janeiro, o funk sempre foi mais forte nas favelas, e no subúrbio, e aos poucos foi chegando na zona sul, em São Paulo está acontecendo um fenômeno parecido, Só que com um pouco de atraso. Um jovem que não quis se identificar, de 20 anos frequentou os panca does dos 15 aos 18 anos.
— A primeira vez que eu fui, tudo choca. as meninas seminuas descendo até o chão, criança com cigarro com bebida. Muita bebida muita bebida, muita droga também.
E o funk induz ao sexo. E há a presença de muitas menores que querem ser as periguetes e tem acesso livre aos bailes. E aos moradores vizinhos destes bailes só resta chamar a polícia.
A rua fica travada por carros e motos, sinal de status entre os frequentadores. Os muros são usados como banheiro. e a iluminação pública, quase sempre, é destruída pra deixar a rua mais escura e facilitar a ação dos baderneiros.
(R7)
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