O ícone revolucionário Fidel Castro completa 86 anos na segunda-feira longe das aparições públicas, mas não da lembrança dos cubanos que agora refletem sobre o seu futuro e o deles em uma época de mudança em um dos últimos países comunistas do mundo.
O líder barbudo, que foi uma presença constante e durante décadas assombrou os cubanos com sua retórica exaltada, ainda mantém um lugar especial nos corações e mentes dos 11 milhões de moradores da ilha caribenha, mesmo que a idade e a enfermidade tenham-no obrigado a assumir um segundo plano.
Ele está longe do público há quase dois meses, sem aparecer nem publicar uma de suas colunas de opinião na mídia estatal desde 19 de junho.
Sua ausência aumentou a especulação sobre sua saúde, uma constante desde que ele foi submetido a uma cirurgia intestinal de emergência em 2006 e cedeu o poder para seu irmão caçula, Raúl Castro.
Essa não é sua primeira ausência prolongada desde que adoeceu, mas em todas as vezes os cubanos começam a fazer perguntas sobre se ele voltará. "Ele deve estar muito doente porque não sabemos nada dele há algum tempo", disse Donato Torres, fumando em frente a um restaurante de Havana. "A qualquer momento vai aparecer no noticiário que ele morreu. Sua personalidade não o deixa ficar calado - ele sempre tem algo a dizer".
A conta de Fidel no Twitter está ativa, mas todos os tweets são apenas links da imprensa. E contas do Twitter em nome de políticos costumam ser gerenciadas por assessores.
Não se sabe se este silêncio prolongado tem relação com a saúde, mas depois de ausências anteriores ele retornou dizendo que esteve ocupado escrevendo um livro ou fazendo uma pesquisa.
(Folha)
0 comments:
Postar um comentário