Tem alguma coisa seriamente equivocada na disputa pela prefeitura de Pederneiras. Pode haver alguém que pense ou que deliberadamente queira que assim seja.
Não se deve desviar o foco desta eleição e do que ela representa, da importância que tem. Nem se deve permitir qualquer tentativa nessa direção. Nesse sentido, se faz necessário colocar tempero à questão e tentar sair da cortina de fumaça.
Rubens não é candidato e Ivana também não. Entendido isso, partamos para o que então está em jogo: a administração do município pelos próximos quatro anos. E quatro anos não são quatro dias, nem quatro meses. É tempo suficiente para caminhar, quer seja em direção aos avanços necessários, quer seja para um processo de retardamento ou freio nas novas conquistas que se devem buscar.
Um novo capítulo da história se iniciou com este pleito. Ao invés do verde e do vermelho das muitas disputas anteriores, agora há um múltiplo de cores e tons. Ao invés da polarização entre apenas duas candidaturas, há quatro delas no páreo.
Então, pode influenciar no resultado final da disputa tanto a participação do Dr. Rubens quanto a de Ivana Camarinha? A resposta é sim, pode. E deve. Porém, isto se dará naturalmente na transferência de apoios e votos que ambos buscarão para as candidaturas que defendem.
Não são e nem serão as administrações passadas ou a que está em curso que ensejarão o julgamento do eleitorado no dia 7 de outubro. Mas sim, qual dentre as candidaturas postas reúne as melhores condições administrativas e políticas para fazer valer a força e a pujança de Pederneiras.
A disputa não diz respeito ao período de 2012 para trás, mas de janeiro de 2013 em diante. É esse que deve ser o bom debate colocado para os candidatos. Obviamente que não estamos no tempo da imposição e do arbítrio de chefes políticos. Assim sendo, o bom senso deve mostrar o melhor caminho.
(Editorial do jornal Folha da Terra deste sábado, 04/08)
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