No verão passado Adriana Degreas já havia mergulhado na brasilidade para criar sua moda praia sempre sofisticada. Desta vez, não só o Brasil como a Bahia não lhe saiu da cabeça. E o que se viu na passarela foi a combinação criativa entre luxo e artesanal. Mais atual impossivel. A estilista foi buscar nas cores, texturas, pinturas, tecidos, história e religiosidade baiana a matéria-prima para looks que, bem a gosto de sua beach couture, podem tanto ir da areia para o iate, do iate para a festa na piscina. As musas deste verão se orgulham de personagens como a Nêga Fulô e a escrava-princesa Anastácia.
Muito longe de ser folclórica ou hiper colorida, a coleção surgiu em tons dourados que evocavam as pinturas barrocas das igrejas baianas. Ricos bordados traduziam a era de ouro baiana e ainda sugeriam as joias crioulas tão apreciadas no Brasil Colônia. Não por acaso a cartela de cores trouxe muito dourado, tons terrosos e brilho. que surgiu com o uso do lamê. Tudo muito equilibrado, claro.
Se trouxe ares de vintage este mergulho na história? Sim, mas a combinação com tecidos contemporâneos o corte preciso das peças atualizou estas antigas imagens. Antigas, por exemplo, como as fotos que Marc Ferrez tirou da Bahia do século 19, que foram impressas digitalmente em maiôs, camisas e caftãs.
(Estadão)
0 comments:
Postar um comentário