01 novembro 2019

CONDOMÍNIO DO PRESIDENTE: Especialistas apontam lacunas na perícia da gravação de ligação


Uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo apontou lacunas no trabalho de perícia no sistema que registra ligações de interfone no condomínio do presidente Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. As declarações das promotoras sobre o caso, na quarta-feira (30), foram baseadas na perícia feita pelo próprio Ministério Público. Elas informaram que quem autorizou a entrada de ex-PM Élcio Queiroz no condomínio Vivendas da Barra foi o outro acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, o PM reformado Ronnie Lessa – ambos estão presos pelos assassinatos e Ronnie tem casa no condomínio. Portanto, segundo o MP, a autorização não partiu do presidente Jair Bolsonaro, como tinha afirmado em dois depoimentos o porteiro do condomínio. O Jornal Nacional mostrou, na terça-feira (29), que o depoimento do porteiro se chocava com a realidade, porque Bolsonaro, então deputado federal, estava em Brasília no dia do crime, 14 de março de 2018. Na Câmara dos Deputados, ele registrou presença em duas votações. A promotora Simone Sibílio informou que o áudio gravado no sistema de interfones do condomínio revela que a voz não era de Bolsonaro. A prova técnica comprovou que é a voz de Ronnie Lessa, que autoriza Élcio a entrar no condomínio, às 17h07.
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