Postei na madrugada de hoje com o título “COVARDIA: Vídeo mostra presos sendo torturados no Espírito Santo”, material extraído de fonte segura (IG), em que o presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, desembargador Pedro Valls Feu Rosa, ao apresentar um vídeo em que presos são torturados num centro de detenção provisória, declara que o mencionado vídeo é um “tapa na cara” do Estado. “Se isso que a gente vê nesse vídeo, que acabamos de mostrar, não for tortura e não for caso de prisão, não sei mais o que pode ser tortura ou motivo de prisão”, disse. “Esse pessoal não está respeitando nada, nem ao mundo das leis, e está na hora de a sociedade reagir”, disse o desembargador.
Clique no link abaixo para checar a postagem integralmente, inclusive assistir o vídeo:
http://pederneirasdefato.blogspot.com/2012/02/covardia-video-mostra-presos-sendo.html?showComment=1330092719599#c566592381542522930
Um leitor do blog que não quis se identificar expressou seu pensamento sobre o assunto e, ao final, acabou – no bom sentido, quero crer – me provocando. Postei o comentário na íntegra, ainda que como “anônimo”. E rebati com os argumentos de minha convicção. Então, aproveito para dispobililizar o tema para qualquer pessoa que sobre ele quiser opinar, esclarecendo que a exceção já foi concedida e doravante apenas postarei opinião de quem se identificar, até para que o debate possa ser mais democrático e sabermos quem pensa o que sobre este tema tão polêmico.
Abaixo, o comentário do leitor do Pederneiras de Fato e a minha réplica:
Cenas fortes? Tortura? Covardia? Não, não, meu amigo, está havendo um equívoco aqui. Na verdade, o que há é a velha inversão entre o lobo e o cordeiro. Covardia esses "senhores" já cometeram quando botaram o 38 na cara do cidadão. Tortura eles já cometeram quando sequestraram, extorquiram, ameaçaram. Cenas fortes? Ora, então leva eles pra tua casa e você vai ver umas cenas fortes com a tua família!
2.
Postei o seu comentário "anonimo", embora pudesse rejeitá-lo como moderador. Mas o tema dá boa discussão.
Respeito opiniões, sempre. Mas sem sempre concordo com elas. O Brasil é um país que não adota a tortura como castigo. Uma coisa é a marginalidade que deve ser perseguida diuturnamente pelas autoridades policiais e punida na forma que a nossa legislação prevê. Outra coisa é a prática sórdida do "olho por olho, dente por dente" que mais cheira a carrasquice. Da mesma forma que minha família pode em algum momento estar a mercê de um bandido - e eu já sofri isso na pele quando fui sequestrado na Bahia - os cidadãos e cidadãs (e ai somos todos nós, mesmo!) podem estar a mercê de pseudo-autoridades policiais que sem dó ou clemência nos torture ao seu bel prazer.
A tortura não se difere em nada aos sofrimentos a que marginais submetem cidadãos comuns. Entretanto, para a marginalidade há as penas previstas em lei. E repito: no Brasil não há previsão de tortura ou pena de morte. A ditadura foi extirpada do Brasil e com ela a tortura e o assassinato bancados pelo Estado, através de seus agentes.
Respeito opiniões, sempre. Mas sem sempre concordo com elas. O Brasil é um país que não adota a tortura como castigo. Uma coisa é a marginalidade que deve ser perseguida diuturnamente pelas autoridades policiais e punida na forma que a nossa legislação prevê. Outra coisa é a prática sórdida do "olho por olho, dente por dente" que mais cheira a carrasquice. Da mesma forma que minha família pode em algum momento estar a mercê de um bandido - e eu já sofri isso na pele quando fui sequestrado na Bahia - os cidadãos e cidadãs (e ai somos todos nós, mesmo!) podem estar a mercê de pseudo-autoridades policiais que sem dó ou clemência nos torture ao seu bel prazer.
A tortura não se difere em nada aos sofrimentos a que marginais submetem cidadãos comuns. Entretanto, para a marginalidade há as penas previstas em lei. E repito: no Brasil não há previsão de tortura ou pena de morte. A ditadura foi extirpada do Brasil e com ela a tortura e o assassinato bancados pelo Estado, através de seus agentes.
Se o leitor pretender continuar o debate, daqui em diante, por favor, identifique-se. Reginaldo Monteiro
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