Há 10 anos que o aposentado João Batista Camargo, 61 anos, produz uva em sua propriedade rural no município de Pederneiras (26 quilômetros de Bauru). A fruta é apreciada pelos moradores da cidade e de toda a região, que já conhecem o caminho e fazem questão de buscar a uva que vai para a ceia.
Difícil é achar o local, na vicinal Pederneiras/Itatingui, embaixo do linhão, entrada à direita. Ali, há quatro mil pés de uva plantados que, nesta época do ano, oferece um espetáculo. Todas as parreiras estão lotadas de cachos. Uns verdes, outros meio maduros e alguns já maduros.
Colher a fruta no pé não tem preço. O perfume exalado das parreiras é outro item que atrai o olfato. É quase impossível resistir. Dá uma vontade enorme de arrancar um cacho e já levar à boca.
“Começo a colher no dia 10. É uva niagara rosada de mesa. A fruta será vendida em caixas de cinco quilos. Até o dia 25 de dezembro pretendo comercializar 1.200 caixas. Os clientes vêm aqui. A venda é direta do produtor para o consumidor.” De acordo com o produtor, este ano a uva estará muito doce, porque a chuva está acontecendo depois dos cachos formados. “Ela pegou bastante sol e pouca chuva. Isso garante o açúcar da fruta. Chuvas rápidas não prejudicam.”
Produção desde 2001
João Camargo é conhecido pelas uvas, apesar de manter em sua propriedade 34 variedades de frutas. “Só a uva produzo para o comércio. As demais são somente para o gasto. A uva é para o Natal, mas para que ela esteja pronta para colher no final do ano, trabalho o ano todo.”
Ele confessa que nem sabia que a terra era boa para a produção de uvas. “Quando eu aposentei, comprei as terras e fui pesquisar. Plantei o carvalho num ano, enxertei no outro e no ano seguinte podei. Demorou três anos para começar a produzir.”
Para que a produção seja exagerada é preciso que chova, logo após a poda. “Eu podo em agosto. No ano que chove na sequência, a produção é maior. Este ano ficou muito tempo sem chuva. Após a poda ficou quase uns três meses sem chuva. A plantação de uva tem quatro mil pés e a cada ano produz, em média, 1.200 caixas de cinco quilos.”
(Fonte: JCnet)
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