O
presidente Michel Temer admitiu que a equipe econômica do governo estuda uma
alíquota maior para o Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). Ponderou, no
entanto, que ainda não é o momento para isso. "Não há nada decidido",
disse, após participar de evento da Fenabrave em São Paulo. "São estudos
que se fazem rotineiramente. A todo momento, o Planejamento e a Fazenda fazem
estudos e esse é um dos estudos que está sendo feito. Não há nada
decidido", afirmou o presidente. Conforme antecipou o Estado,
entre as propostas em estudo está a criação de uma alíquota de 30% ou 35% de Imposto de Renda para
quem ganha mais de R$ 20 mil mensais, o que poderia garantir até R$ 4 bilhões a
mais para os cofres públicos. Já a tributação de lucros e dividendos poderia
render ao menos R$ 15 bilhões em 2018. Temer afirmou ainda que tem simpatia
pelo parlamentarismo e que o Brasil, hoje adepto do presidencialismo, pode
caminhar para isso. "De alguma maneira, estamos fazendo quase um
pré-exercício do parlamentarismo. Em várias oportunidades, o Legislativo era
tido como um apêndice do Executivo. No meu governo, não. O Legislativo é
parceiro do Executivo. Temos trabalhado juntos", disse. Se o Brasil
caminhar de fato para o parlamentarismo, Temer acredita que deveria ser adotado
o modelo francês ou o modelo português, "em que o presidente da República,
eleito, tem uma presença significativa no espectro governativo". "Se
pudesse ser em 2018, seria ótimo, mas quem sabe se prepara o Parlamentarismo
para 2022", afirmou.
(msn)
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