21 fevereiro 2017

SAÚDE DO FETO: Diabetes gestacional pode afetar saúde do bebê

Caracterizado pelo aumento dos níveis de glicose no sangue, o diabetes mellitus gestacional (DMG) é um mal que atinge cerca de 10% das grávidas no Brasil. A doença traz diversos riscos para o bem-estar dos bebês, que podem desenvolver hipoglicemia, malformação fetal e, nos casos mais graves, até falecer. De acordo com o Dr. Gilberto Nagahama, ginecologista do Hospital San Paolo, localizado na Zona Norte de São Paulo, há um risco maior de óbitos fetais tardios (após a 32ª semana de gestação) quando o diabetes da mulher não é controlado. O líquido amniótico, que envolve o feto, é outra preocupação: o excesso dele, causado pelo descontrole da glicemia, pode atrapalhar a respiração da mãe, pois faz o tamanho do útero aumentar e comprimir o diafragma. O médico explica também que a malformação do feto geralmente acontece quando a mãe engravida numa fase em que a doença se apresenta em um grau muito elevado. “A glicose materna passa pela placenta através de um mecanismo chamado difusão facilitada. Isso significa que muita glicose será transmitida para o bebê se a gestante estiver hiperglicêmica”. O DMG divide-se em duas classificações: tipo A1, que pode ser controlado apenas com dieta; e o A2, que exige uso de medicamentos. “A situação das gestantes deve ser avaliada a fim de impedir a evolução da doença, e esse assunto merece atenção”, afirma o Dr. Gilberto. Ele alerta também sobre os fatores de risco: “o sedentarismo e a consequente obesidade devem ser combatidos por todos, mas especialmente pelas grávidas, pois aumentam as chances de desenvolver o diabetes”. Realizar os mais variados exames, antes e logo no início da gestação, é fundamental, já que a hemoglobina glicada deve ser menor que 6,1% nesses períodos.
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