21 maio 2016

JORNAIS: 'The Guardian' e 'The New York Times' criticam impeachment em editoriais

Jornais estrangeiros dedicaram nesta sexta-feira (13) espaço em seus editoriais para falar da situação política no Brasil, um dia após Michel Temer assumir interinamente a Presidência da República. O americano The New York Times afirma que a presidente afastada Dilma Rousseff paga um preço “desproporcionalmente alto” por erros administrativos que cometeu, enquanto vários de seus maiores detratores são acusados de crimes mais flagrantes. Os britânicos Financial Times e The Guardian trouxeram visões diferentes sobre o processo de impeachment. O FT qualificou o afastamento como “longe de ser perfeito”, mas destacou que, se Michel Temer conseguir colocar a economia de volta aos trilhos e continuar com a luta contra a corrupção, “deixará um legado considerável”. Já o Guardian publicou duro editorial, criticando o processo e avaliando que o sistema político é que deveria ser julgado, e não a presidente da República. O editorial do FT diz que Temer enfrenta uma “tarefa assustadora” na Presidência da República com uma crise tripla: econômica, ética e política. No topo das prioridades, o FT diz que está a situação da economia. A nomeação de Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda e o rumor de que Ilan Goldfajn pode ir para o Banco Central são “encorajadores”, diz o jornal, que avalia a equipe econômica como “digna de confiança”. Sobre a crise ética, o FT lembra que a Operação Lava Jato pesa sobre boa parte do Congresso e até sobre o próprio Temer. Por isso, o editorial defende que o presidente em exercício “deve permitir que as investigações continuem seu curso”. Ao reconhecer a controvérsia sobre a argumentação jurídica que baseia o processo de impeachment, o FT afirma que o resultado do desdobramento da crise política visto “está longe de ser perfeito”.
(Último Segundo)
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