31 julho 2015

LAVA JATO: Advogada se sente ameaçada por integrantes da CPI e abandona causa

O Jornal Nacional teve uma entrevista exclusiva com uma advogada que recentemente se tornou uma das principais personagens da Operação Lava Jato, que investiga a corrupção na Petrobras. Beatriz Catta Preta explicou por que resolveu abandonar, de uma hora pra outra, todos os casos que defendia. Sem citar nomes, ela disse que se sentiu ameaçada por integrantes da CPI da Petrobras e que decidiu encerrar a carreira de advogada por zelar pela segurança da família. De volta a São Paulo, depois de 34 dias com a família nos Estados Unidos, Beatriz Catta Preta diz que não precisa se esconder de ninguém. Catta Preta é advogada criminal há 18 anos, e é considerada uma das maiores especialistas do país em delação premiada - quando os acusados de crimes passam a colaborar com a investigação. Discreta, não costuma dar declarações públicas. Foi contratada por nove investigados na Operação Lava Jato. Todos deram detalhes do esquema de corrupção na Petrobras. O primeiro foi o ex-diretor Paulo Roberto Costa, e cinco parentes dele. Além de Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, ex-executivo da Toyo Setal, Júlio Camargo, ex-consultor também da Toyo Setal, e o ex -gerente da Petrobras Pedro Barusco. Mas recentemente ela desistiu do caso e deixou de advogar para os clientes da Lava Jato. No fim da tarde desta quinta-feira (30), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, autorizou a advogada Beatriz Catta Preta a não falar na CPI da Petrobras sobre questões que envolvam sigilo profissional, como o recebimento de honorários. Segundo Lewandowski, a tentativa de investigar a origem dos honorários é ilegal. Na decisão, o presidente do Supremo criticou a convocação da advogada e declarou que não se pode transformar defensores em investigados, subvertendo a ordem jurídica.
(globo.com)
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