O uso unificado da "pílula
do dia seguinte" para aids começa a valer a partir desta
quinta-feira (24). Com a publicação no Diário Oficial da União do novo
protocolo de diretrizes terapêuticas, todas as pessoas que tiverem enfrentado
uma situação de risco para o vírus HIV passam a ter acesso aos medicamentos
antiaids em qualquer serviço especializado. A profilaxia pós-exposição, como o
tratamento é chamado, é indicado para todos que tiveram risco de contato com o
vírus causador da aids. Isso pode acontecer tanto num acidente ocupacional,
como médicos ou enfermeiros que tiveram contato com sangue de paciente, quanto
com vítimas de violência sexual ou pessoas que tiveram relação sexual
desprotegida. Para ter eficácia, no entanto, o tratamento, feito ao longo de 28
dias, tem de ter início no máximo até 72 horas após a exposição ao vírus. O
ideal é que o ele seja iniciado nas primeiras duas horas após a exposição. O
objetivo da nova estratégia é facilitar o acesso e, principalmente, evitar a
recusa de alguns serviços de fornecer a terapia, eficaz para prevenção da
doença. "Antes da mudança, havia o entendimento incorreto de que um
serviço especializado poderia atender apenas a um grupo determinado",
afirmou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério
da Saúde, Fábio Mesquita. Com isso, serviços que prestam atendimentos a vítimas
de violência, por exemplo, alegavam que só poderiam fornecer remédios às
mulheres ali atendidas. "A maior parte das recusas ocorria para pessoas
que recorriam ao serviços depois de manter relações sexuais
desprotegidas", completou Mesquita.
(JCnet)