O Palácio do Planalto já começou a sondar nomes para uma possível
substituição de Graça Foster, no comando da Petrobras. De acordo com reportagem
dos jornalistas Valdo Cruz e Natuza Nery, na Folha de S. Paulo (leia aqui), um dos nomes mais citados é o de
Murilo Ferreira, presidente da Vale. Também foram cogitados Henrique Meirelles,
ex-presidente do Banco Central, Luciano Coutinho, que deve deixar o BNDES e
Guido Mantega, ministro da Fazenda até 31 de dezembro. Dos quatro,
Murilo Ferreira é que o melhor preenche as condições exigidas pelo momento
atual. É um executivo de mercado e fez uma gestão discreta e eficiente na Vale,
onde substituiu Roger Agnelli. Caso se confirme a indicação, o governo daria o
primeiro passo para tentar recuperar a imagem da Petrobras, cujas ações
chegaram a ser suspensas da BM&FBovespa, após caírem 10%. Entre os
principais assessores da presidente Dilma, está
todo mundo convencido que Graça Foster precisa sair, não por algum envolvimento
com a crise, mas pela perda de sustentação política. "É uma situação igual
à do Guido Mantega", explica um assessor. "Se era preciso mexer na
pollítica economica, era preciso mexer com a equipe. A mesma lógica deve valer
para a Petrobras." A presidente Dilma, no entanto, tem grande
apreço pessoal por Graça. Quando a presidente da Petrobras vem a Brasília, as
duas conversam a sós, no Alvorada, como amigas e confidentes. Nenhum novo
presidente da Petrobras terá esse perfil. Vai chegar com suas convicções,
ideias e estilos. Embora o nome de
Meirelles tenha circulado como um possível candidato, na linha do grande nome
aceito pelo mercado, a indicação esbarraria numa dificuldade concreta: Dilma
não gosta dele.
(Brasil247)