Após 38
anos de surfe profissional, o Brasil conheceu nesta sexta-feira o seu primeiro
campeão mundial da elite do esporte, o WCT. Coube ao jovem Gabriel Medina, de
apenas 20 anos, a glória de eternizar-se na história, na cultuada praia de
Pipeline, no Havaí. Para assegurar a conquista do caneco mesmo sem estar na
água, o paulista de São Sebastião, que
havia se classificado às quartas de final com uma vitória emocionante,
contou com a ajuda preciosa do argentino naturalizado brasileiro Alejo Muniz,
que derrotou Mick Fanning por 6,53 a 2,44 na terceira bateria da quinta fase e
foi às quartas de final, acabando com as chances de o australiano dono de três
títulos mundiais ultrapassar os 60.000 pontos já garantidos do líder, Medina,
na classificação do Circuito Mundial de Surfe. Terminar à frente de Mick ou
chegar na final era tudo que Medina precisava para conquistar o histórico
caneco na meca do surfe. Vale lembrar que Alejo
já tinha dado uma grande ajuda ao despachar o mito americano Kelly Slater na
terceira fase. “É fantástico. Eu não sei exatamente o que dizer.
Eu quero agradecer Alejo por me ajudar. Eu amo essa torcida. Eu quero muito
celebrar com todas essas pessoas, com meu pai e minha mãe. Eu sonhava com isso
e agora virou realidade” afirmou Gabriel, que abandonou a bateria dele de
quartas de final contra o compatriota Filipe Toledo para comemorar o título,
mas depois voltou para a água quando faltavam pouco mais de dez minutos para o
fim e, mesmo assim, o novo campeão acabou levando a melhor por 4,30 a 3,27.
(globo.com)