O reitor da Universidade de São Paulo, Marco Antonio
Zago, disse nesta segunda-feira (24) que os casos de violência na instituição
são um reflexo do que acontece na sociedade. A USP teve
este ano casos de assaltos no interior do campus, morte de um jovem após uma
festa e agora vem à tona casos de denúncias de abuso sexual de alunas do curso
de medicina. Segundo Zago, os casos de violência "são questões
de natureza policial, são criminais". "A USP pela sua enorme extensão
e enorme tamanho tem ocorrências como em qualquer local da sociedade",
afirmou o reitor nesta segunda-feira após um evento comemorativo aos 80 anos da
universidade. "Elas devem ser tratadas com a devida atenção, tanto pela
universidade pelo aspecto educativo como pelo Ministério Público no que diz
respeito a crimes." O reitor disse ainda que a USP está fazendo o que pode
para colaborar com as investigações. No final da tarde desta segunda feira, a diretoria da
FMUSP se reuniu com Paula Figueiredo Silva, da Promotoria de Justiça dos
Direitos Humanos do Ministério Público de São Paulo. Ela conduz um inquérito
para apurar se a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) foi omissa na
investigação e punição das denúncias. A pauta desta reunião seria o relatório
de propostas para combater a violência no campus, elaborado por uma comissão da
faculdade neste ano. A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa
de São Paulo (Alesp) vai promover uma nova audiência pública para discutir as
denúncias de estupro, tentativa de estupro e ameaças conta estudantes de
medicina da Universidade de São Paulo (USP).
(G1)