O Inca, Instituto Nacional de Câncer, e
o Ministério da Saúde vão divulgar esta semana o Atlas de Mortalidade por
Câncer no Brasil, uma pesquisa que mapeia a incidência de diversos tipos de
câncer no país. Os dados mostram que apesar de o número de mortes causadas pelo
câncer de colo do útero, também chamado câncer cervical, ter aumentado
significativamente em um período de 10 anos, de 4.091, em 2002, para 5.264, em
2012, houve uma diminuição de 6,34% no número de óbitos considerando-se a
proporção de mulheres. Se em 2002 foram registradas 5,04 mortes para cada 100
mil mulheres, em 2012 o índice baixou para 4,72 mortes para cada 100 mil. O
câncer de colo do útero é causado pela infecção recorrente de alguns tipos de
Papilomavírus Humano, por isso o governo está investindo pesado na vacinação
contra o HPV. “Só a primeira dose não garante a imunização, é importante que os
pais ou responsáveis levem suas filhas de 11 a 13 para tomar a segunda dose da
vacina”, alerta o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Até o dia 21 de novembro,
2,4 milhões de meninas receberam a segunda dose, quase a metade do público-alvo
da campanha, composto por 4,9 milhões de meninas. Desde março, a vacina está
sendo oferecida gratuitamente pelo SUS para meninas de 11 a 13 anos. Em
mulheres na faixa dos 25 aos 64 anos, é o exame de Papanicolau que ajuda a
detectar este tipo de câncer. Ele deve ser realizado a cada 3 anos após
os dois primeiros resultados negativos, de acordo com as recomendações da
Organização Mundial da Saúde (OMS).
(revistacrescer)