A
declaração do candidato derrotado à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, de que
a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda é como "um grande
quadro da CIA ser convidado para assumir o comando da KGB" - numa
referência aos serviços secretos dos Estados Unidos e da ex-União Soviética -
mostra que o grupo que Aécio representa defende realmente os interesses dos
Estados Unidos.
O ato falho do tucano, que associa Joaquim Levy - a quem
elogiou afirmando que o economista é seu amigo há muitos anos - ao serviço
secreto americano, é como uma homenagem à própria central de inteligência,
feito por um político que foi candidato à Presidência do Brasil.
Homenagem à
mesma central de inteligência que atuou no Iraque, que derrubou Jango, Getúlio
Vargas e seu próprio avô, Tancredo Neves. CIA que também atuou no país durante
a ditadura e as práticas de tortura.
Aécio quis dizer que Joaquim Levy é bom
como a caguetagem, a delação, o dedo-duro? O tom de ironia do tucano mostra que
a oposição não quer pessoas qualificadas no governo. Na verdade, joga contra os
interesses do país.
Aécio tem toda a razão: Joaquim Levy é muito bom. As
manifestações contrárias dentro do PT tem um cunho ideológico.
Uma observação:
Joaquim Levy foi nomeado secretário do Tesouro Nacional pelo presidente Lula,
em 2003.
(Editorial do Jornal do Brasil - 26/11)