15 outubro 2014

Redução da maioridade penal vai contra recomendação da ONU

O pedido para que o candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) recuasse na defesa da redução da maioridade penal, uma das principais exigências de Marina Silva para conceder seu apoio a ele no segundo turno da corrida presidencial, não foi decisivo e ficou de fora das negociações. Ao anunciar seu apoio ao tucano, no domingo (12/10), Marina mostrou estar satisfeita com uma promessa genérica: “A prevenção frente à vulnerabilidade da juventude, rejeitando a prevalência da ótica da punição”, afirma a carta de compromissos de Aécio. O documento é uma resposta a uma série de demandas apresentadas pela Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora ainda pretende criar. No Congresso, mais de 50 propostas tratam do tema. A medida foi um dos principais discursos de candidatos ao Legislativo nas propagandas eleitorais e é ponto de discordância entre os dois presidenciáveis. Aécio é favorável à redução da maioridade penal em caso de crimes hediondos, enquanto a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) é contrária à alteração. "A proposta tem um apelo popular, e no Brasil foi divulgado que ela pode resolver o problema da criminalidade. Não é verdade, porque, na prática, o menor já fica preso. Isso vem de uma linguagem de endurecimento penal, que sempre se difunde em épocas eleitorais", opina o jurista Miguel Reale Jr., ex-ministro da Justiça e um dos autores da Parte Geral do Código Penal.
(Terra)
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