09 outubro 2014

Alimentos puxam inflação para cima, mas mistura “arroz com feijão” está mais barata

Sentar-se à mesa para comer, seja em casa ou em um restaurante, está ficando cada vez mais caro. É o que mostram os dados da inflação oficial (o IPCA), divulgados nesta quarta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mas como o valor dos alimentos é muito variável, especialistas alertam que os preços tendem a cair nos próximos meses. De acordo com o IBGE, a inflação no Brasil fechou em 6,75% no acumulado de 12 meses — entre setembro de 2013 e setembro de 2014. Esse valor é bem acima da meta do governo, estipulada em 4,5%, com tolerância de até 6,5%, o chamado “teto da meta”. Foi a maior inflação acumulada desde outubro de 2011, quando o índice cravou 6,97%. Dos 50 produtos e serviços avaliados pelo IBGE que mais subiram nos últimos 12 meses, apenas cinco não pertencem ao grupo de alimentos. São eles: carvão vegetal (+24,91%), pá (+23,57%), refrigerador (+17,54%), energia elétrica residencial (+14,72%) e reforma de estofado (+14,41%). Dentre os outros 45 produtos estão, por exemplo, tangerina (+61,67%), tomate (+25,34%), carnes em geral (+19,58%), cebola (+20,72%) e carne seca (+30,39%). Comer fora de casa não está entre os campeões do preço alto, mas também puxou os preços pra cima, com inflação de 10,59% nos últimos 12 meses. Apesar da comida mais cara, não há motivos para apostar em uma escalada inflacionária nesse momento. Essa é a avaliação do economista Ramon Garcia Fernandez, coordenador do curso de economia da UFABC (Universidade Federal do ABC).
(R7)
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