01 agosto 2014

PEDERNEIRAS: Cargos de confiança e campanha política

A mais politicamente correta definição de “cargos de confiança” é aquela que diz que é a maneira pela qual chefes do executivo e legisladores em vários de órgãos governamentais, se utilizam para suprir a gestão pública de especialistas para aperfeiçoar uma administração. São indicações feitas por detentores de mandatos eletivos que, com o passar dos anos, denota-se ser cada vez mais com critérios pessoais e mais subjetivos ainda.

O que era para ser um aprimoramento do serviço público, a cada eleição o que vem determinando as indicações são os vários interesses que envolvem a política e seus agentes. Apesar de ser uma prerrogativa legal, de livre escolha, é um assunto por demais polêmico, pois unir notórias competências (ou incompetência) e manter o equilíbrio da estrutura pública e democrática do funcionalismo não é fácil.

São interesses pessoais e partidários de grupos que detém o poder e que acabam inchando o quadro do funcionalismo com indicações que na teoria seriam para fazer a diferença, mas que, salvo as exceções, na prática não tem se mostrado eficaz.

São contratações de caráter provisório que, em muitos casos, comprometem negativamente a administração das cidades. Enquanto durar o mandato daquele que o indicou, é a forma de garantir apoios em futuros pleitos e permanência do grupo no poder.

Tudo isso é fruto do nosso sistema eleitoral e da rede de apoiadores de campanha que se forma em torno desse ou daquele político que, ao se eleger, os recompensam com vagas na máquina administrativa, independente da competência ou não.

Existem outros obscuros e intrincados aspectos que envolvem essa tão criticada e questionável faceta da gestão pública que, em Pederneiras, necessita de mais transparência.

Para boa parte dos funcionários concursados e efetivos da prefeitura local, indicações apenas com critérios políticos e, na maioria das vezes, sem mérito, é uma afronta ao servidor público de carreira. Em conversas com servidores, percebe-se que é grande o descontentamento por parte desses trabalhadores.
Não podemos desconhecer o fato. Para desempenhar as essenciais funções com competência é preciso saber articular capacidade administrativa e política. Mas simplesmente, como vem ocorrendo, na boca do povo é tão somente cabides pendurados no cabideiro municipal.
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