Hugo Motta
(Republicanos-PB), presidente da Câmara, confirmou que é menor do que a cadeira
que ocupa. Não fosse Arthur Lira (PP-AL), que o antecedeu no cargo, Motta teria
passado pela humilhação de ser impedido de declarar reabertos os trabalhos da
Câmara depois das férias de julho. De todo modo foi um vexame. Se dependesse da
bancada bolsonarista, as férias teriam sido suspensas para se votar o projeto
de anistia que beneficia os golpistas de dezembro de 2022 e janeiro de 2023.
Como foram mantidas, os bolsonaristas decidiram condicionar a retomada das
sessões da Câmara em agosto à votação imediata do projeto. Bolsonaro e os
demais golpistas têm pressa. Se tudo correr como previsto, ele e alguns dos
seus cúmplices deverão ser condenados pelo Supremo Tribunal Federal no próximo
mês. Por desrespeito a ordens judiciais, Bolsonaro já está em prisão
domiciliar. Mais um escorregão dele, e irá para uma prisão menos confortável. Motta
soube da intentona bolsonarista antes mesmo de voltar das férias na Paraíba.
Deveria ter voltado às pressas, mas não o fez. Ao voltar, a baderna imperava
nos seus domínios. O plenário da Câmara fora tomado de assalto por deputados
com esparadrapo na boca e acorrentados a assentos. Pareciam dispostos a
resistir. Lira atendera ao pedido de socorro de Motta e começara a negociar com
o líder do PL, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), além de e outros nomes
de peso do bolsonarismo. A maioria dos deputados governistas permanecia em seus
gabinetes acompanhando tudo a uma distância segura.
(Blog do Noblat)
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