05 abril 2025

Cotidiano: Calor nas escolas brasileiras, onde grande parte das salas de aula não têm ar-condicionado

verão deste ano foi marcado por sentimentos conflitantes para a menina Maria Lavinia Santos Costa, de 4 anos. Moradora de Praia Grande, cidade no litoral de São Paulo, ela adora frequentar a praia, sempre na sua companhia de sua mãe, a técnica de enfermagem Luana Costa. Na escola, no entanto, o calor não dá trégua. Na sala dela e em todas as outras das 78 unidades escolares municipais de Praia Grande, não há ar-condicionado. Mesmo já no outono, Maria Lavinia e todos os 56 mil alunos da rede municipal devem continuar sentindo o desconforto das altas temperaturas que, segundo as previsões, devem continuar no Sudeste e Centro-Oeste. Na sala da menina, que estuda no turno da tarde na Escola Municipal Oswaldo Justo, há apenas dois ventiladores. "Ela chega exausta e, em alguns dias, com brotoeja. Ela já me pediu para não ir à escola", conta a mãe, que relata desconforto quando ela própria participou de uma reunião de pais no local onde a filha estuda. Mas o problema vai muito além de Praia Grande: apenas 34% das salas de aula em escolas públicas brasileiras (municipais, estaduais e federais) e 47% das salas em escolas particulares têm climatização, segundo um estudo do Centro de Inovação para a Excelência das Políticas Públicas (CIEPP).

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