20 novembro 2024

Os números 1 e 2: O que falta para que prendam Bolsonaro e o general Braga Neto?

“Tudo sugere” que o país esteve próximo do que pareceria “inimaginável”, observa Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal. Alckmin e Moraes seriam mortos à bala; Lula, à bala ou envenenado. A operação foi suspensa em cima da hora. Na noite daquele dia, 15 de dezembro de 2022, Moraes não foi localizado pelos criminosos, nem Alckmin, e Lula viajara a São Paulo para uma festa de fim de ano. É impossível que graduados chefes militares da época simplesmente ignorassem a trama. Dela participou o general Braga Neto, candidato a vice de Bolsonaro, e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo. Braga Neto cedeu sua própria casa para reuniões dos golpistas e pressionou colegas de farda para que aderissem ao plano. Pelo menos quatro dos golpistas foram presos ontem pela Polícia Federal. O que falta agora para que Bolsonaro, Braga Neto – e sabe-se lá mais quem – sejam presos? Política é como novela: cada capítulo reserva uma surpresa e remete para o seguinte. Preocupado em salvar a pele do pai, o senador Flávio Bolsonaro disse que cogitar da morte de alguém não é crime. E planejar a morte? E trocar mensagens a respeito? E recrutar pessoas para que matem? E monitorar os alvos a serem mortos? Isso é o quê? A cogitação não é punível. Mas o que houve não foi cogitação. Era um plano em execução, com as digitais do presidente da República, abortado pela força das circunstâncias.

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