07 novembro 2024

É isso: Bolsonaro, chega de enganação. Vai procurar o que fazer!

“O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”, disse Juracy Magalhães, embaixador do Brasil em Washington, nomeado pelo general Humberto Castelo Branco, o primeiro presidente da ditadura militar de 64. A frase ainda ressoa. O Brasil, à época da guerra fria, quando o mundo estava dividido em dois blocos – um sob o comando dos Estados Unidos, o outro sob o comando da União Soviética –, era mais uma ditadura militar a instalar-se na América Latina, a mais importante delas. Os militares haviam dado o golpe a pretexto de salvar o país do comunismo. E parte dos políticos que aderiu ao golpe acreditou que a democracia seria restabelecida a tempo de realizar uma nova eleição presidencial dali a um ano. Ela aconteceu 25 anos depois. Se dependesse de Bolsonaro, filhote da ditadura, a democracia não teria sido restabelecida tão cedo. E para seu gosto, teria torturado e matado muito mais gente do que torturou e matou. Quem o disse foi ele mesmo em discursos e entrevistas disponíveis no Youtube. Trump é um fenômeno político, goste dele ou não. Bolsonaro não passa de uma caricatura grosseira de Trump. Por quatro anos, Trump manteve-se à tona e está de volta. Bolsonaro foi o único presidente brasileiro que não se reelegeu e que poderá ser preso. O que possa ser bom para os Estados Unidos deixou de ser necessariamente bom para o Brasil.

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