16 junho 2024

Combate às desigualdades: Responsabilidade fiscal, sim. Em cima dos mais pobres, não!

Diante da ladainha fiscalista, o presidente Lula não poderia ser mais claro na entrevista coletiva em que encerrou sua participação na reunião do G7, na Itália. Perguntado sobre se era a favor do corte de despesas, Lula não poderia ser mais claro: "Nós já fizemos o que ninguém esperava que precisava ser feito. Nós já fizemos a regulação do marco fiscal, já aprovamos a reforma tributária. Nós estamos demonstrando a nossa seriedade de garantir estabilidade jurídica, estabilidade política, estabilidade fiscal, estabilidade econômica e estabilidade social. Isso está garantido". 


A manifestação presidencial acontece num momento de especial pressão dos agentes do rentismo, na mídia corporativa e no Parlamento, por corte dos investimentos em saúde e educação. De fato, há uma campanha de desestabilização do governo, potencializada pela aproximação das eleições municipais em outubro. É uma campanha oca. O país, como reafirmou o presidente, testemunha uma situação fiscal de relativo conforto. 


As receitas crescem. Os gastos evoluem nos limites definidos pela regra do arcabouço fiscal. O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, devem sem dúvida estar muito atentos a exercer gestão fiscal responsável. Esse foi um compromisso eleitoral do candidato Lula que deve ser seguido à risca. Não há, a rigor, novidade nessa atitude presidencial. A mesma marca de seriedade esteve presente também nos mandatos anteriores de Lula na Presidência. 


A obediência a um tal princípio não pode, porém, jamais dar margem a que o governo abra mão de seus compromissos com o combate às desigualdades sociais brasileiras.

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