11 abril 2024

Assinatura e carimbo: Ao manter Chiquinho Brazão preso, Câmara prova que não há ‘ditadura do STF’

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (10) manter a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de ser mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Foram 277 votos favoráveis, 129 votos contra a prisão e 28 abstenções. Para manter a prisão preventiva, eram necessários 257 votos, ou seja, maioria absoluta da Casa. O resultado da votação representa uma vitória de todas as pessoas que lutam por justiça por Marielle e Anderson, dentro e fora das fronteiras brasileiras. Depois de seis anos de obstrução judicial e leniência com a impunidade, o estado e suas instituições competentes estão seguindo o caminho da responsabilização de todos os envolvidos nesta barbárie. A decisão da Câmara de manter Chiquinho Brazão preso foi ao mesmo tempo uma importante derrota política para o presidente da Casa, Arthur Lira, que silenciosamente trabalhou em prol de Brazão, bem como para um de seus principais aliados, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento. O candidato à sucessão de Lira apoiou arduamente a soltura de Chiquinho Brazão dizendo que era preciso ter “coragem” para defender os deputados. O bolsonarismo, que votou em peso para tirar Brazão da cadeia, também saiu derrotado. Dos 95 integrantes da maior bancada da Câmara, 71 votaram contra a manutenção da prisão. Foi uma derrota também para o ex-deputado Eduardo Cunha, que a partir do gabinete da filha, deputada Daniele Cunha, articulou pela soltura do parlamentar.  

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