A PGR (Procuradoria-Geral da
República) pediu para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) compartilhar
os relatórios que foram elaborados durante a pandemia e enviados à Presidência
da República, após a Folha de S.Paulo revelar que o governo Jair Bolsonaro (PL)
escondeu mais de 1.100 documentos com análises sobre a crise sanitária. "O
objetivo é avaliar os relatórios para verificar se há eventual fato novo",
disse em nota o órgão comandado pelo procurador-geral da República, Augusto
Aras. A Abin e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) produziram, ao menos
de março de 2020 a julho de 2021, relatórios com projeções de casos e mortes
pela Covid-19 no Brasil, além de análises sobre impacto político do avanço da
pandemia. Os agentes de inteligência citam, nos documentos, o distanciamento
social e a vacinação como formas efetivas de controlar a doença, mostram
estudos que desaconselham o uso da cloroquina e alertam sobre possibilidade de
colapso da rede de saúde e funerária no Brasil. Os relatórios foram produzidos
para as discussões do comitê chefiado pela Casa Civil sobre as ações do governo
durante a pandemia, segundo integrantes da gestão passada. Os documentos não
eram apresentados a todo o comitê e chegavam às mãos de assessores de poucos
ministros.
(Folhapress)
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