Acusado de desviar grana pública via rachadinha de
salários dos funcionários fantasmas de seu gabinete na Câmara dos Deputados por
anos, Bolsonaro, ao que tudo indica, levou o mesmo comportamento trambiqueiro
para a Presidência da República, usando amigos e assessores no desvio e venda
de joias dadas ao Estado. Mas o que os diálogos entre o tenente-coronel Mauro
Cid e sua turma estão revelando é que, a mando do patrão, servidores públicos
fizeram um verdadeiro “Família Vende Tudo” para transformar patrimônio público
em cascalho a fim de tilintar no bolso do presidente. Em um áudio, o coronel
Marcelo Câmara, assessor de Bolsonaro, explica para o ajudante de ordens Mauro
Cid que Marcelo da Silva Vieira, chefe do Gabinete Adjunto de Documentação
Histórica, disse que era necessário aviso prédio para a venda de bens
destinados ao acervo privado do ex-presidente. Cid aceita, mas indagou: “Só dá
pena pq estamos falando de 120 mil dólares / Hahaaahaahah”. Câmara concorda e
ironiza: “O problema é depois justificar e para onde foi. De eu informar para a
comissão da verdade. Rapidamente vai vazar”.
(Leonardo Sakamoto)
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