O
ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
anunciou na quarta-feira (19) que deve enviar ao Congresso um projeto para
taxar fundos exclusivos, também conhecidos como “fundos dos super-ricos”. Conforme
revelou a colunista Julia Duailibi em abril, a regra faz parte de uma série de
medidas para elevar a arrecadação pública e viabilizar o arcabouço fiscal. A estimativa do governo é
a de arrecadar cerca de R$ 10 bilhões com a tributação — 8,54%
do aumento previsto com essas medidas, de R$ 117 bilhões. Os fundos exclusivos
são investimentos feitos de forma personalizada. E para ter esse modelo de
investimento é preciso desembolsar no mínimo R$ 10 milhões. Isso
porque o cotista — que pode ser pessoa física ou jurídica — é o único
responsável por custear a criação e a manutenção dele. O gestor desses fundos
pode alocar o dinheiro em produtos como ações, multimercado ou renda fixa. Segundo
o levantamento realizado pelo TradeMap, 2.568 fundos exclusivos com um único
cotista estavam registrados até a última terça-feira (18), totalizando
aproximadamente R$ 756,8 bilhões investidos — valor que
representa 12,3% do patrimônio total de toda a indústria de fundos e uma média
de R$ 294,7 milhões por investidor. Além da
participação significativa no total da indústria, o montante alocado nesse tipo
de carteira também é mais de seis vezes maior do que o total de recursos
investidos em títulos públicos.
(OGlobo)
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