A resistência a uma
nomeação determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uniu a oposição
ao governo e parte dos que votaram no petista sem convicção ideológica, mas
para impedir a reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Na opinião de liberais e de um
pedaço da frente ampla lulista, o economista Marcio Pochmann, indicado para presidir o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), é de esquerda demais e representaria um retorno
de Lula a erros do passado. Apesar do ruído que o nome de Pochmann, professor
de economia na Unicamp, está causando no debate público, o governo mantém um
discurso coeso em sua defesa. Mesmo a ministra do Planejamento, Simone Tebet,
que é o rosto mais representativo da frente ampla no núcleo do governo, defendeu publicamente a legitimidade da escolha de Lula,
apesar de relatos de discordância nos bastidores. “Quero antecipar que não faço
pré-julgamentos. Porque já fui muito pré-julgada na minha vida profissional e
política. Vou ouvi-lo primeiro. Eu não quero saber do passado, quero saber do
presente. A conversa será técnica, e ele será tratado como técnico e será muito
bem-vindo para a nossa equipe. E continuará no IBGE, enquanto estiver atendendo
os interesses da sociedade brasileira”, disse Tebet a jornalistas na quinta (27/7), dia
seguinte ao anúncio do nome de Pochmann pelo ministro Paulo Pimenta, da Secom.
(Metropoles)
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