06 novembro 2014

Índia acusada de bruxaria é torturada e morta

Uma mulher acusada de bruxaria foi torturada e morta, no Paraguai, informaram o Color ABC e o Daily Mail. A índia Adolfina Ocampos, de 45 anos, foi morta pelos membros do grupo étnico Mbya Guarani depois de ter sido condenada à morte pelo líder da comunidade. O crime aconteceu na aldeia de Tahehyi, 290 quilômetros ao norte da capital Assunção. Os líderes indígenas Bernardo Benítez e Francisco Garcete admitiram que torturaram a mulher na semana passada e que no último sábado, a levaram a um córrego, onde foi afogada, e em seguida, queimada. Fany Aguilera, a promotora local, considerou dez pessoas do vilarejo que admitiram ter matado a vítima culpadas pelo crime de homicídio. Bernardo Benitez, disse Adolfina foi acusada de bruxaria depois que sua irmã, Sergia, ficou doente, há um ano. Como o estado de saúde da mulher não melhorou, Adolfina Ocampos foi trazida de Assunção para que dentro de um mês "removesse a magia". Como isso não aconteceu, a vítima foi torturada e assassinada pelo grupo. A Agência de Refugiados da ONU estima que milhares de pessoas em todo o mundo sejam acusadas de bruxaria todos os anos. Elas são, geralmente, abusadas, retiradas de suas famílias e comunidades, e em alguns casos, assassinadas. Ainda assim, Jose Zanardini, um padre e antropólogo italiano, conta que o caso registrado no Paraguai é incomum. "Eu trabalho no Paraguai há 40 anos e não me lembro de um episódio semelhante, de execução por feitiçaria. A morte dessa mulher é isolada e fora do comum no que diz respeito à coexistência dos 20 diferentes grupos indígenas paraguaios. Em geral, os indíos costumam ser tranquilos e tolerantes".
(Terra)
Compartilhar:

Outras postagens

Copyright © 2025 Blog do Monteiro | Powered by Blogger
Design by SimpleWpThemes | Blogger Theme by NewBloggerThemes.com