Doze
membros da CPI dos Atos Golpistas apresentaram ao Ministério Público Federal
uma notícia-crime contra o coronel do Exército Jean Lawand. Os integrantes do
colegiado acusam o militar por crime de falso testemunho no depoimento
realizado na terça-feira (27) à comissão. O coronel foi convocado para depor
após a divulgação de mensagens com conotação golpista que estavam no celular do
tenente-coronel Mauro Cid, ex-braço-direito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).
No ano passado, Lawand enviou mensagens a Cid incentivando um golpe de Estado
para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não conseguisse tomar
posse no dia 1° de janeiro. Em um dos áudios, o coronel disse para Mauro que
Bolsonaro tinha que mandar o Exército tomar alguma providência. “Cidão, pelo
amor de Deus, cara. Ele dê a ordem, que o povo tá com ele, cara”, falou Lawand.
“Mas o Pr (Presidente da República) não pode dar uma ordem... se ele não confia
no ACe (Alto Comando do Exército)”, respondeu Cid. Ao prestar depoimento à CPI,
o coronel declarou que seu objetivo era que Bolsonaro encontrasse caminhos para
“apaziguar” os atos golpistas.
(TVSenado)
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