O motim de mercenários do grupo Wagner em Moscou neste fim de semana reviveu
um antigo medo dos Estados Unidos: o que acontece com o arsenal nuclear da
Rússia em caso de convulsão doméstica? Preocupado com um possível conflito
sangrento, o chefe do grupo, Yevgeny Prigozhin, ordenou neste sábado (24) que seus combatentes voltassem para os
acampamentos. Imagens de tanques nas ruas russas trouxeram à mente o
golpe fracassado de 1991 pela linha dura comunista que levantou preocupações
sobre a segurança do arsenal nuclear soviético e a possibilidade de integrantes
do Wagner roubarem ogiva nuclear, disse o ex-comandante de inteligência dos
EUA. Autoridades dos EUA dizem não ver uma ameaça imediata à segurança da
estratégia e tática da Rússia. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que
o acordo enviou os combatentes do
Wagner de volta aos seus campos e tinham como objetivo evitar
confronto e derramamento de sangue. O arsenal nuclear da Rússia é o maior do
mundo. Estima-se que em 2022 o país tinha cerca de 5.977 ogivas. Em comparação,
os EUA têm cerca de 5.428. O cenário que preocupa agora pode ser a
possibilidade de uma facção militar desonesta ganhar capacidade de tomada de
decisão sobre algumas das armas caso haja divisões sobre a guerra na Ucrânia.
(g1)
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