Derrotada duas vezes
seguidas (em 30 de outubro nas urnas e em 8 de janeiro na Esplanada dos
Ministérios), a direita quer ganhar no Congresso a eleição presidencial que
perdeu no ano passado. Desrespeita a vontade da maioria dos brasileiros. Se
ganhar via impeachment ou simplesmente impedindo que o governo governe, não
terá sido por falta de avisos. Nos últimos dois anos, Lula ficou mais rouco do
que já é de tanto advertir para o risco de ser eleito com os braços amarrados. Alguns
exemplos: “Temos que levar
muito a sério o Congresso. Não adianta a gente ficar falando em reforma agrária
e depois eleger 2 sem-terra para deputados e 380 membros de uma bancada
ruralista. Não adianta ficar falando na reforma trabalhista que a gente quer e
depois eleger 2 trabalhadores e 300 empresários.” (3/8/2021). “Não se coloca
uma raposa no galinheiro que ela não vai tomar conta das galinhas, vai comer.
Não basta eleger um presidente da República de esquerda. Você tem que eleger um
presidente de esquerda e eleger pessoas comprometidas.” (1/9/2021). Lula
fez a parte dele ganhando por pouco a eleição presidencial mais comprada desde
a redemocratização do país em 1985. Bolsonaro só faltou fazer chover dinheiro
do céu. Gastou o que podia gastar, e o que não podia. Acabou perdendo para ele
mesmo. O desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre do governo que
ainda patina muito segue surpreendendo. O crescimento de 1,9% do Produto
Interno Bruto foi o maior para os primeiros meses de um novo governo desde
1999.
(Blog do Nobrat-Metropoles)
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